O grupo de pesquisadores e estudantes que participaram do lançamento do nanossatélite NanoSatC-BR1 voltaram à cidade e, na terça-feira, se reuniram na reitoria da UFSM para compartilhar as experiências com a imprensa. O caráter do encontro foi de comemoração pelos resultados alcançados depois de anos de pesquisas e experimentos e da parceria entre a universidade e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Eu me formei na primeira turma de Física da UFSM e vi muitas coisas começarem do zero. A universidade tem a vocação do pioneirismo e, agora, dá provas disso mais uma vez disse o ainda emocionado Nelson Schuch, gerente do projeto, cuja equipe já está empenhada no NanoSatC-BR2, que terá o dobro do tamanho e da complexidade do primeiro.
Dois estudantes do curso de Engenharia Elétrica também acompanharam o lançamento e valorizam a experiência inédita:
Chegar à estação de lançamento e ver a bandeira do Brasil entre os outros, em pé de igualdade e todos trabalhando pelo mesmo objetivo, foi surpreendente contou o estudante Tális Piovesan.
O desenvolvimento do cubesat (satélite em forma de cubo) teve percalços. O chefe do Inpe em Santa Maria, Adriano Petry lembrou que no fim do ano deve ser lançado um satélite de grande porte feito pelo Brasil em parceria com a China, para monitorar as fronteiras e os recursos naturais. Para o reitor Paulo Burmann, os resultados valorizam a cidade:
Com isso e outras iniciativas, Santa Maria ganha pontos para sediar o polo aeroespacial gaúcho.